terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Contratações do Palmeiras

Fala pessoal,

Com a queda do Palmeiras para a Série B muito vem se falando da montagem do time para o ano que vem.

A maioria das opiniões que eu tenho lido na mídia é a de que o Palmeiras tem que "tomar cuidado", pois tem que balancear o elenco com jogadores "para Libertadores" e "jogadores para a Série B".

Nunca entendi esse papo.

Os comentaristas sempre surgem com o argumento de que jogar Série B é diferente. E que jogar Libertadores é diferente também. E que jogar Campeonato Paulista é diferente também, e Copa do Brasil e Brasileirão...

Minha opinião não é essa. Um time de futebol precisa de jogador bom, ponto final. Não existe essa história de "jogador de Série B". Acho que se o cara é bom pra jogar Libertadores, obviamente ele vai ser bom pra jogar Série B... qual seria a lógica de dizer o contrário? É a mesma coisa que dizer: "olha, o cara é bom pra ser jogador da Seleção Brasileira, mas ele não pode ser titular do Ituano" (com todo respeito ao time de Itu).

Colocando um extremo, só pra exemplificar. Imagina que o Palmeiras tivesse muita grana. Aí resolvesse trazer Montillo, Fred, Dedé, Paulinho, etc. Vc iria dizer o quê? Que esses caras não servem pra jogar Série B?

Gostaria muito de entender a lógica, mas é bem difícil.

Pra não dizer impossível.

Abraços

Quebrados

Fala pessoal,

Já falei um tempo atrás sobre o "verdadeiro salário dos jogadores de futebol".

Basicamente, tentei mostrar por meio de números como um jogador "top" ganha muito menos do que imaginamos quando dividimos seus salários por sua expectativa de vida - o cara ganha dinheiro dos 20 aos 35, mas vive até os 75...

Encontrei aqui um vídeo da série "30 for 30" feita pela ESPN Americana (da qual também já falamos) que fala sobre a mesma questão. Claro que o trabalho deles é muito mais minucioso, e conta com um elemento precioso: o depoimento dos próprios jogadores.

Entre outras questões associadas à falência financeira dos atletas, o filme aponta os gastos médicos "pós-carreira" e os gastos com divórcios e pensões alimentícias com que muitos atletas arcam.

Fica a dica de mais um filme sensacional.

http://www.youtube.com/watch?v=Vh79Cz6SNiM

Abraços

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A culpa da Diretoria na queda do Palmeiras

Fala pessoal,

A queda do Palmeiras está sendo creditada por muitos na conta da Diretoria do clube.

Eu tenho uma opinião um pouco diferente.

Todo mundo criticando o Presidente por ser omisso, por estar na praia no dia seguinte ao rebaixamento, etc.

Mas eu fico pensando aqui: afinal, qual é o papel dos diretores e de um presidente de clube de futebol, e quais as responsabilidades deles?

A principal responsabilidade dos cartolas, na minha opinião, é pagar os salários em dia para os jogadores e para a comissão técnica. E nisso, até onde sei, o Palmeiras não pecou.

Aí vem um pessoal dizendo que o presidente foi omisso, que faltou pulso firme. Ora, é curioso que esse mesmo pessoal critique quando o presidente escala o time, ou quando dá ordens ao treinador, como costuma acontecer no São Paulo com o Juvenal Juvência, por exemplo.

Uai, o presidente tem que interferir ou não?

A minha opinião é clara. O presidente não tem que interferir! Quem tem que mandar dentro de campo é quem o clube contratou pra mandar dentro de campo: o técnico e a comissão técnica. Se fosse o contrário, qual seria o papel do treinador e de seus auxiliares.

Acho que falta um "organograma" para os clubes de futebol. Isso evitaria atribuirem culpas a torto e a direito sob os interessor do emissor da mensagem. Com as funções bem definidas previamente, ninguém poderia falar "o presidente foi omisso" se o organograma dissesse que a ele não cabe dar ordens ao "intra campo".

O que eu acho que pode ser atribuído ao presidente são as más contratações e a falta de uma estratégia sólida de geração de receitas para o clube, pois isso sim está dentro de suas atribuições.

O resto, sinto muito, tenho muita dificuldade em atribuir à cartolagem.

Abraços!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O absurdo da ambulância

Fala pessoal,

Inacreditável o episódio da ambulância no jogo entre Santos e Atlético-MG de ontem.

Imaginem o que aconteceria se fosse o Neymar que precisasse de um atendimento e tivesse sequelas em razão da demora da ambulância pra entrar em campo? 

Isso é mais um daqueles eventos que provam a tese que defendemos por aqui, de que quase tudo no esporte nacional é feito no improviso.

Como acreditar que existe um planejamento financeiro e esportivo a longo prazo se o clube não consegue cumprir uma norma de segurança extremamente básica? Cadê o "planejamento" nessas horas?

Os dirigentes não entendem que, neste mundo moderno, em que o futebol é um negócio de proporções gigantescas, toda forma de "contato" com a marca Santos mostra sua história e seus valores. Não precisa nem dizer o que um fiasco televisionado como esse diz da marca, né?

O estádio, a pista, o ginásio, enfim, o local de exposição do clube é uma das principais ferramentas de marketing e de renda para um clube. Hoje todo mundo fala em "arenas", pra simbolizar que o evento esportivo deve ser a ponta do iceberg no que diz respeito ao uso do espaço de um estádio... mas esse conceito parece não ter sido bem digerido pelas bandas de cá, não é verdade?

Infelizmente, o clube que tem um dos jogadores mais brilhantes que eu já vi jogar parece estar deixando a desejar. Eu digo "parece" porque é isso que transparece de fatos como o de ontem...

Abraços!

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A apagão no Brasil x Argentina

Fala pessoal,

Todo mundo sabe qual foi o fiasco da noite de ontem.

Achei muito engraçado, no entanto, que várias vozes tenham se erguido contra a intromissão da política argentina no futebol em razão desse fato.

Claro, existem várias (várias mesmo) críticas a se fazer pelo aproveitamento político do futebol. Eu sou bem contra, pra deixar claro.

O problema é querer associar o apagão a isso.

Claro, é verdade que o jogo foi marcado num estádio sem a devida estrutura por causa dos interesses políticos nacionais daquele país, não discordo. A questão é que um apagão poderia ter ocorrido em qualquer estádio! Simplesmente porque não foi algo previsível. Se acontecesse o mesmo na Bombonera ou no Morumbi ninguém falaria nada...

Claro, essa é a minha posição diante dos fatos que conhecemos! Se amanhã surgir uma informação de que o estádio não recebia manutenção há anos, ou que compraram os geradores mais baratos para a realização do jogo naquela localidade, ok, darei o braço a torcer.

Mas o fato do apagão não justifica, por si só, as críticas que tem sido feitas, na minha opinião.

Abraços

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Aposentadoria

Fala pessoal,

Aproveitando o gancho do ultimo post do Blog do Fininho (http://espn.estadao.com.br/post/285026_hoje-o-papo-e-sobre-aposentadoria-ate-quando-jogar), pensei em falar sobre aposentadoria dos atletas.

Quem já passou por aqui sabe que tenho um olhar bem pessoal sobre a vida de atletas no que diz respeito ao cuidado com as suas finanças pessoais.

E é aqui que já fixo um ponto diferente do que sempre leio por aí.

Estamos acostumados a ler que um atleta deve parar "por cima" ou "enquanto ainda está no auge". Eu pessoalmente, acho que esse conselho não tem nada a ver, na maioria dos casos, e me explico.

Na minha opinião, o que o atleta tem que levar em condideração na hora de parar é sua vida financeira pós-quadra/campo/pista.

Veja só.

Para o atleta que vive seu auge aos 30 e poucos anos, talvez realmente valha a pena parar enquanto está bem, mas por um motivo claro: a imagem de fixada no fim de carreira pode lhe render mais frutos do que a decisão de jogar 1 ou 2 anos a mais - ele pode ganhar uma boa grana em torneios nesses 2 anos, ou nem tanto, mas correr o risco de se aposentar sem uma imagem tão bacana; se decidir parar, no entanto, pode virar comentarista por 10 anos, ser contratado como garoto propaganda de alguma marca, virar técnico, etc.

Na maioria das vezes, no entanto, o conselho de "parar enquanto está bem" não valeria a pena, na minha opinião. Uso como exemplo o caso do tenista. Na minha opinião, o cara não podia parar justamente quando estava bem, porque sua vida financeira dependia daquela boa fase. Infelizmente, por motivos ainda não muito claros para mim, o cara não tinha uma grande repercussão de mídia, patrocinadores, etc.

Como você vai chegar num cara desse e falar: "olha, aposente-se agora que você está ganhando uma grana legal, para enquanto está por cima"??

São casos e casos. Para o Federer, por exemplo, não seria tão mau negócio parar agora. Mesmo inativo, o cara com certeza manteria uma porrada de patrocinadores, viajaria o mundo com tudo pago, receberia inúmeros convites para eventos, etc.

São casos e casos. O problema é que a grande mídia geralmente pega os caras absurdos (Ronaldo, Guga, etc) e fala generalizando "tem que parar quando está por cima".

O negócio não é bem assim...

Abraços!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Sobre os pontos corridos

Fala pessoal,

Uma coisa que me deixa incomodado faz tempo é a falta de percepção da mídia com as peculiaridades dos campeonatos disputados em pontos corridos.

Basta um time perder duas partidas seguidas que já dizem que o rendimento do time caiu, que o time amarelou, etc.

Eu não estou dizendo que isso não pode acontecer, mas na maioria das vezes os caras que falam isso "apagam" uma coisa essencial: esse campeonato é jogado no sistema "todos contra todos"!

E o que isso tem a ver?

Imagina só. O Newcastle, time médio na Inglaterra, começa o campenato com 4 derrotas. Isso significa um mal começo? Não necessariamente!

Isso porque os 4 primeiros jogos do time podem ter sido contra Manchester, Arsenal, Liverpool e City. Dentro desse contexto, é previsível e "esperável" que tenha 4 derrotas.

A coisa muda se as 4 primeiras partidas forem contra times pequenos. Neste caso, se sucederem 4 derrotas poderia se falar em uma crise, ou um mal começo.

No Brasil, no entanto, basta o time perder 2 partidas que já vem bomba. A análise, no meu ponto de vista, tem que levar em conta quem são os adversários!!

É o caso do Palmeiras, na atual fase. Era previsível que o time poderia dar uma afundada nas últimas semanas, porque pegou times mais fortes. Da mesma forma, era previsível que ganhasse mais pontos quando enfrentasse times mais fracos. Ocorre que muitos jornalistas fecham os olhos para as peculiaridades dessas "ondas" de jogos difíceis/jogos fáceis, e seguem o caminho da crítica mais à mão.

Pena.

abraços!

Fim de semana

Fala pessoal,

Não é novidade pra ninguém que esse final de semana foi lamentável nos campos de futebol do país.

Pra mim, os dois fatos mais marcantes foram a "piração" do juiz que mandou retirarem a faixa que protestava contra a arbitragem (http://esporte.uol.com.br/futebol/campeonatos/brasileiro/serie-a/ultimas-noticias/2012/10/01/arbitro-relata-protesto-e-atraso-nos-aflitos-mas-nao-explica-pedido-para-retirar-faixa.htm), e a confusão com a menina que queria a camisa do Lucas em Curitiba (http://www.espbr.com/noticias/lucas-lamenta-briga-causa-camisa).

O primeiro gera tristeza não só pelo aspecto esportivo da coisa. Quer dizer, nem muito de esporte tem essa polêmica.

Uma pessoa resolveu abrir uma faixa como protesto, e escolheu o estádio de futebol para isso. O árbitro de futebol (!!!) manda recolherem a faixa e os policiais obedecem.

Não sei o que é mais absurdo. Um árbitro achando que tem esse poder, os policiais obedecendo a uma ordem manifestamente ilegal (ao invés de "garantir a ordem", como sempre fazem - que neste caso seria assegurar o direito da pessoa que leveou a faixa), ou, mais absurdo ainda de acreditar: uma pessoa fazendo um protesto bacana num estádio! Rs, isso foi uma piada, ok, só pra deixar claro.

No segundo caso, a pretexto de impedir a entrada de um objeto são-paulino na torcida do Coxa, os torcedores quase violentaram uma garota de 13 anos e seu pai.

Isso diz muito sobre o que as pessoas vão fazer no estádio... poxa, se o cara estivesse ali pra se divertir será que compraria uma briga tão estúpida quanto esta? Fico me perguntando o que aconteceria se o Lucas perguntasse a um dos agitadinhos: "meu amigo, por que esse nervosismo? Você veio aqui se divertir? Acho que vir ao estádio está fazendo mal a você e a sua saúde". Infelizmente ele não foi sagaz no momento em que estava sob cusparadas.

Concluindo.

Nada disso que aconteceu foi novo. Toda semana vemos coisas que "gritam" que o esporte em geral não é encarado como deveria por torcedores, atletas e dirigentes.

O que achei bom nestes casos foi a atenção dada à inércia e incompetência das autoridades para lidar com o problema, nos casos em particular, a polícia.

Longe de mim ser extremista e chamar a polícia de fascista, etc, etc, como fazem alguns. O que é indiscutível, no entanto, é a pura incompetência nos casos.

Poxa, um árbitro dá uma ordem para retirar uma faixa e os caras obedecem? Isso não é má-fé do policial, é incompetência de não saber o que diz a leí.

Torcedores furiosos ameaçam uma garota de 13 anos por causa de uma camisa e os policiais não se movimentam? Isso não é má-fé, é incompetência de não conhecer o dever funcional que lhes cabe.

Enfim, e assim vai caminhando o esporte nacional.

E "esse é o país que vai receber...."

abraços!

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Sobre o Lance Armstrong

Fala galera,

Ainda não escrevi sobre minha opinião sobre o caso, então aqui vai, brevemente.

Não tenho nem idéia se o cara competiu dopado ou não. Acho, realmente, muito difícil que sejam coletadas provas conclusivas a respeito disso... o que existe, até onde sei, são depoimentos prestados por diversas pessoas próximas a ele, que teriam o poder de incriminá-lo.

Outra coisa bem diferente é achar justo ou não a cassação dos títulos dele. Isso sim, eu acho justo, e me explico.

Todo mundo sabe que o doping é uma das coisas mais perversas que existe no mundo do esporte. É a maior trapaça imaginável, na minha opinião - maior até que o suborno de árbitros, na minha opinião, porque o doping atenta contra o espírito do esporte, e não apenas da competição esportiva.

Por este motivo, na minha opinião, todos os esforços para combater o doping são válidos e necessário, uma vez que o esporte de ponta é muito propício à propagação da cultura do doping.

A atitude de Lance Armstrong de nem apresentar defesa foi a última gota do escândalo em que ele se envolveu (involuntariamente).

Vejam, a decisão baseou-se numa presunção, a de que os fatos que foram imputados contra ele são verdadeiros. Pra quem é do mundo do direito, isso é muito comum. Vamos dizer que alguém entra com um processo contra você, e você não responde às alegações do cara. O que é uma coisa chamada "revelia", que na maioria das vezes tem um efeito: presumem-se verdadeiros os fatos que você não contestou. Isso é uma técnica legal, que ajuda o juiz a decidir.

No caso do Lance foi mais ou menos isso que aconteceu... ele não contestou, e então presumiram verdadeiros os fatos alegados contra ele. Daí a realmente acreditar que ele se dopou são outros 500, mas pela lógica do processo o resultado é muito justo.

Isso é feito com um próposito bem claro: evitar que quem compete dopado tenha uma porta de saída!

Abraços!

De volta, com Roddick

Fala pessoal,

Depois de um longo período longe do blog, estamos de volta.

Volto para falar de um dos assuntos mais comentados do dia: a aposentadoria do Andy Roddick.

O tenista anunciou no US Open sua despedida, em entrevista coletiva: http://www.youtube.com/watch?v=HWSIvhDDdYA .

Sem dúvida nenhuma, o tênis tem bastante a perder com o fim da carreira desse cara, que assombrou o esporte quando apareceu sacando a mais de 230 km/h. Lembro de uma entrevista dada pelo Guga na época em que os dois se enfrentavam, em que o brasileiro disse que o problema maior não era nem o primeiro serviço, já que muitos jogadores tinham canhões nos braços, mas o segundo serviço, visto que o saque do americano mantinha uma velocidade altíssima na segunda tentativa.

Roddick, como todos sabem, foi o último americano a liderar o ranking mundial,e pode-se dizer até que representou o início do fim da dinastia americana no esporte (que vinha de Sampras, Agassi, Courier, Chang, Martin, entre muitos outros).

Como bem disse o Alexandre Cossenza no seu blog, o cara pode não ser um mito do esporte, mas o que dizer de um jogador que terminou 9 temporadas consecutivas no Top 10?

Fora isso, impossível dizer que ele não trazia um brilho a mais no "extra" quadra. Basta ver as entrevistas dele. Eu gosto muito dos caras que fogem do padrão nas respostas, e o Roddick é um gênio nesse aspecto. Deem uma olhada aí:

http://www.youtube.com/watch?v=wF_C7x78o8U

Abraços!

Obs: na sua última coletiva o cara mandou umas pérolas do tipo "obrigado pela pergunta, eu não queria terminar sem respoder algo sobre a comparação direta com o Roger"

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Tiago Camilo

Fala pessoal,

Fiquei muito triste com a derrota do Tiago Camilo no dia de hoje. Acompanho a carreira desse cara há muito tempo, e inclusive troquei uma idéia com ele quando ele teve uma grave lesão no joelho (deve fazer mais de dez anos!).

Porém, neste caso, a minha tristeza foi um pouco menor porque achei que o Tiago não mereceu medalha pelo que apresentou no tatame.

Não quero de forma nenhuma ser desrespeitoso, por isso que digo que a falta de merecimento se refere apenas ao que aconteceu dentro do tatame.

Nas suas duas últimas lutas (semi-final e respescagem pelo bronze), Tiago não tentou um golpe. Ok, para não ser injusto tentou um golpe no começo da segunda luta.

Assim fica difícil sair vencedor...

Abraços!

terça-feira, 31 de julho de 2012

Leandro Guilheiro

Fala pessoal,

Queria só destacar as palavras do nosso judoca campeão, que acabou perdendo a chance de medalha nos Jogos.

Após a derrota, o cara foi sincero, ao inves de ficar inventando desculpas. Disse, em suma, que se não ganhou não foi por pressão ou coisa parecida, e sim porque não teve capacidade de ganhar.

Perfeito! O cara foi honesto e assumiu a responsabilidade da derrota, assim como assume os louros da vitória quando vence.

Esse é o espírito de um atleta e de um verdadeiro campeão. Digo isso porque colocar a culpa em si mesmo, em um caso como esse, é reconhecer o próprio potencial ("eu podia ter vencido") e perceber que faltou algo de si mesmo, ou de seu treinamento para que o resultado fosse positivo.

É muito comum os atletas usarem desculpas mais do que conhecidas para atribuirem um mal resultado a algo que não seja interno a eles. Isso é natural para a maioria dos seres humanos. Sempre tem aquela pessoa que acha que não ganha a promoção no trabalho porque o chefe é um pentelho, mas não sabe somar 2+2; aquela pessoa que diz que foi mal na prova por causa do professor, mas não estudou 10 minutos, etc.

No caso dos atletas são várias desculpas: não dormiu bem, o evento foi mal organizado, muita pressão, etc.

Claro, é verdade que em alguns casos essas "desculpas" são válidas, como também é verdade que existem chefes pentelhos. Mas o problema é que essas desculpas viram regra, e a derrota no esporte não pode ser explicada sempre assim!

Parabéns ao Guilheiro, mais uma vez.

Abraços.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Hand Feminino

Fala pessoal!

O Hand feminino ganhou mais uma, e desta vez com um pouco mais de facilidade.

A vitória veio sobre Montenegro, por 27 a 25. O detalhe é que na parte final o Brasil manteve uma distância segura de 3 gols durante um bom tempo.

A nota preocupante fica, mais uma vez, para os "2 minutos" tomados no fim da partida! As garotas tem que ter cuidado para não perderem uma vantagem bem construída por um descuido individual na marcação.

Abraços!

Assalto na esgrima

Fala pessoal,

Pra quem não viu, teve uma baita confusão na semi-final da Espada feminina, disputada entre uma sul coreana e uma alemã.

O problema foi o seguinte (eu não sou o expert da esgrima, então vou falar na linguagem popular mesmo):

A disputa foi pro golden score, quem fizesse o ponto ganhava. Se ao final do tempo do golden score, no entanto, nenhuma atleta pontuasse, a vitória ficaria com a coreana (é uma "preferência" sorteada).

Faltando 01 segundo pra terminar o golden score, a lutafoi paralisada, e todos davam como certa a vitória da coreana.

A luta recomeçou faltando 01 segundo (1x), e a alemã se atirou no desespero pra tentar pontuar. Como as duas atletas se tocaram ao mesmo tempo, ninguém pontuou, e a luta foi paralisada de novo. O cronômetro permaneceu parado em 01 segundo.

A luta recomeçou mais uma vez (2x), e a mesma coisa aconteceu. E o cronômetro permaneceu parado em 01 segundo.

Aí o técnico coreano reclamou absurdo já, afinal, como que a luta tinha tido dois recomeços e o relógio não andara?

E o que aconteceu no terceiro recomeço (3x)? A alemã pontuou. E o relógio ainda parado no 01 segundo!!!

Aí o técnico foi à loucura, a atleta sul coreana começou a chorar, e a juíza deu a vitória para a alemã.

Isso despertou os protestos do técnico, que apelou aos árbitros presentes. Poxa, como que as atletas recomeçaram a luta 3 vezes e o relógio não se mexeu?? O técnico protestava, levantando três dedos para o ar, dizendo "they started 3 times!".

Mesmo tendo razão no mérito da questão, a vitória da alemã foi mantida.

Enquanto isso, e mesmo após, a atleta sul coreana permanecia no tablado de luta, pois sua retirada implicaria o reconhecimento da derrota, pelas regras da competição.

Os coreanos apelaram da decisão, e, por incrível que pareça, a celeuma demorava mais porque pelas regras o recurso contra a decisão tinha que ser pago, então os dirigentes do país corriam atrás do dinheiro!!

Pra mim esse foi um caso da ditadura das regras. Todo mundo viu que passou mais de 1 segundo no tempo dos 3 recomeços, mas valeu a decisão do momento, presumidamente a correta. Isso contraria toda lógica e bom senso. Bastaria rever o vídeo e cronometrar o tempo gasto nos reinícios da luta.

Perdeu a Coreia, perdeu o esporte olímpico.

Abraços

Olimpíadas, de novo

Fala pessoal,

Sobre os resultados todo mundo já sabe: volei fácil, volei de praia com alguma dificuldade, futebol venceu, etc.

Quero comentar sobre uma coisa que reparei em alguns atletas. Parece que eles ficaram mais verdadeiros, e que aprenderam a assumir a condição de possível vencedor.

No primeiro caso, vejo os irmãos Diego e Daniele, da ginástica. Os dois caíram em suas apresentações, e, ao invés de darem desculpas, simplesmente assumiram que erraram. Perfeito. Não precisa ficar jogando a culpa na organização, na arbitragem, na pressão da imprensa. Poxa, todos ali competindo passam por isso, e nem todos erram!

Diego disse que "amarelou", e Daniele disse que teve seu momento e errou (na verdade ela começou com um discurso que eu não gosto muito, falando que ficou "abalada" por causa do erro do irmão no dia anterior - mas eu aposto que se ela ganhasse medalha ia falar que aquilo tinha lhe fortalecido).

Quem assumiu a condição de "vencedor" foi a Maurren. Numa pergunta sobre suas últimas aparições ela mandou como resposta "eu sou uma campeã olímpica, e eu não me preparo para qualquer campeonato". Adorei essa resposta. Ao invés de ficar fugindo da raia ela mandou ver, e implicitamente disse "olha, eu sou a campeã dessa bagaça aqui, e são os outros que tem que me temer".

Geralmente os brasileiros tem medo de assumir essa condição de favorito, em atenção a uma pretensa "humildade". Ora, se é favorito tem que treinar como favorito, dar entrevista como favorito e competir como favorito. Não tem erro nenhum nisso... imagina o Phelps, Federer ou Bolt negando favoritismo pra tentar ser humilde...

Eu acho que todo mundo tem que se colocar onde está.

Exemplo:

Nosso time masculino de volei já ganhou tudo que alguém pode imaginar. Acontece que ultimamente não ganhou muito. Aí já dizem que a medalha de ouro seria inesperada... fala sério! Respeita os caras!

Acho curioso que quando são os outros times na mesma situação em que está o volei masculino o papo é outro. Exemplos não faltam: "o time de futebol argentino está mal, mas Argentina é Argentina, então sempre é um adversário a temer", "Phelps está lento, mas ele é mito, tem que respeitar".

Tá na hora de dizer: O Brasil não vem bem, mas tenham medo, porque esse time pode tudo!

Abraços!

sábado, 28 de julho de 2012

Olimpiadas - Primeiras medalhas

Fala pessoal!

O dia de hoje foi empolgante para o Brasil. Tivemos vitórias no judô, na natação, no boxe, no handebol...

O dia começou muito bem com o ouro da Sarah Menezes no judô. Ela lutou muito bem, e fechou o dia com a vitória sobre uma adversária que foi campeã olímpica, mas que aparentava, em alguns momentos, não estar bem fisicamente. Independente disso, Sarah entrou lá e mandou na luta.

O Handebol nos fez passar nervoso. O jogo foi feito de altos e baixos, mas quase deixamos escapar a vitória mais uma vez por causa de vários "2 minutos" que tomamos no final da partida (sério, isso tá muito corriqueiro com o nosso hand). A sorte foi que as adversárias também resolveram fazer faltas bobas, sofrendo também as mesmas punições.

A ponta direita Ale foi o destaque pra mim. Apareceu nos momentos decisivos da partidas, e fez gols importantíssimos nos momentos cruciais.

No tênis ficamos no 50% no dia de hoje. Bellucci/Sá perderam dos irmãos Bryan, mas fizeram um jogasso. Tiveram suas chances, mas alguns erros bobos tiraram as perspectivas dos brasileiros. Eu achei que o Sá errou cada voleio fácil...

No terceiro set eles tinham o game em que foram quebrados na mão. Bellucci mandou um voleio fora quando estava colado na rede (a bola foi duvidosa, e gerou protestos dos brasileiros, mas aquela bola não era pra jogar perto da linha!), e perdeu a chance de matar outro ponto com a bola pingando no "t".

Melo/Soares ganharam contra os americanos e passaram adiante.

Achei que o Bellucci jogou bem, e deve ir confiante para sua partida contra o Tsonga. Vamos torcer!

Hugo Hoyama vacilou no seu jogo de estreia e foi eliminado. No último e decisivo set teve 2 match points, em 10x8, e tomou a virada de 12x10, perdendo quatro pontos seguidos. Jogou fora a chance de continuar na disputa.

Na natação o tiago Pereira foi muito bem. Pegou a prata numa prova muito difícil, terminando na frente da lenda Michael Phelps! O final da prova foi tenso, e Tiago quase perdeu sua prata nos 50 metros finais.

O futebol feminino deixou a desejar. Ganhou de 1 a 0 jogando realmente abaixo do esperado. Não gostei nada.

Por enquanto é isso, galera!

Abraços

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Tênis Olímpico

Fala pessoal,

O Brasil pegou um péssimo chaveamento no torneio olímpico de tênis.

Bellucci pega Tsonga, que tem um excelente retrospecto na grama. A dupla Bellucci/Sá pega os irmão Bryant, de quem não precisamos nem falar. E a dupla Melo/Soares tem o jogo mais "tranquilo" contra Roddick/Isner, dois caras com canhões nas mãos.

Ao invés de ficar falando meias verdades, vou dizer que acho que não passamos de nenhuma primeira rodada, infelizmente. Acho os brasileiros muito bons, apenas acho que os outros serão melhores.

Abraços!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Uma das coisas mais absurdas que já vi

Fala pessoal,

Acabei de ver esse vídeo na internet, e foi uma das coisas mais rídiculas e lamentáveis que eu já vi na vida.

O vídeo mostra um guarda municipal agredindo um skatista, supostamente porque ele tentava saltar de dentro de uma pista para fora.

Olha só, independentemente de ser permitido ou proibida a manobra (eu acho que nada proibia, mas isso não é relevante), o que esse guarda fez foi um negócio totalmente desproporcional. O cara dá um chute num skatista se deslocando a uma velocidade considerável, arremessando-o longe.

Vejam:

http://www.youtube.com/watch?v=uNWc_amHd5I

O mais engraçado é o corporativismo depois da agressão. Os outros guardas municipais prendem o skatista!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Meu Deus, eles não viram um cara chutando o outro longe?????? Se eles viram e deixaram de deter o guarda municipal por ser seu amigo, isso aí poderia ser considerado crime de prevaricação!

Nesta semana também saiu um outro vídeo de uns guardas prendendo um skatista no sul do país, só que não dá pra saber muito bem o motivo. Nesta outra situação a desproporcionalidade na atuação do guarda também é inquestionável (um guarda pressiona o pescoço do skatista no chão quando ele já está imobilizado por seu colega).

http://www.youtube.com/watch?v=k0CQjE0w_3g

Meus amigos, independentemente de gostarem de skate ou não, isto que estão fazendo com os skatistas nos vídeos é crime, saibam disso.

De acordo com a nossa Constituição, ninguém pode ser preso sem ordem judicial, salvo em flagrante ou em caso de crime militar. Tá lá, no artigo 5º:

LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;

Até onde eu sei, andar de skate, mesmo que fora do local permitido, não é crime! Não havendo crime não há flagrante de nada! O que é crime (lesão corporal) é dar uma bica num cara andando de skate. Por quê esse agressor não foi detido, pela lógica absurda dos guardas municipais?

Pelamordedeus, isso não pode acontecer nunca mais! Passem esses vídeos (especialmente o primeiro, que grita abuso de autoridade) adiante.

Eu nunca andei de skate na vida, então não me chamem de defensor da causa, mas isso aí é uma violência intolerável para qualquer cidadão, seja skatista, esportista, ortopedista, artista, brasileiro!

Abraços!

Fut Feminino - Olimpiadas

Fala pessoal,

Óbvio que vi o jogo das meninas na estréia das Olimpiadas.

Não tem muito o que falar. O jogo não foi dos mais difíceis, mas é bom destacar que os 2 primeiros gols do Brasil foram de bola parada, e não no "domínio de jogo, se é possível falar assim.

Se o gol de bola parada por um lado não indica um domínio tão grande, por outro mostra que o time tem uma forte arma, especialmente para os jogos mais complicados que ainda virão, porque quando a marcação tá muito forte, nada melhor do que uma bolinha do lado da área pra assustar o adversário.

Sobre o desempenho da Marta, que sofreu algumas críticas negativas, eu não vi tanto problema. Evidentemente ela vai ser a jogadora mais marcada do torneio, então é natural que tenha mais dificuldade pra marcar. O importante é que a marcação em cima dela abra espaços para outras jogadoras, o que aconteceu hoje, por exemplo.

Se o time meteu 5 num jogo com a Marta sumida, imagina quando ela aparecer!

Abraços!

PS: destaque merecidíssimo para Cristiane, que se tornou a maior artilheira da história olímpica com 11 gols, ultrapassando a alemã Prinz (pouca coisa).

Olimpiadas - dia 1

Fala pessoal,

O assunto não poderia ser outro.

No primeiro dia já temos algumas polêmicas, como não poderia deixar de ser.

A primeira foi a recusa da seleção da Coreia do Norte em entrar em campo por ter sido exibida uma bandeira da Coreia do Sul ao lado da foto de uma de suas jogadoras no telão do estádio.

Foi uma derrapada feia da organização dos Jogos. Acho que se fosse uma confusão qualquer com outros países não teria dado em nada, mas entre as Coreias o bicho pega...

A Grécia cortou a saltadora Voula Paraskevi por comentários racistas publicados em seu twitter. De acordo com o Uol (que é de onde eu tirei a notícia), ela teria dito aos imigrantes africanos que moram na África: “Com tantos africanos na Grécia... os mosquitos que vêm do oeste do (rio) Nilo pelo menos vão comer comida caseira”.

Lamentável. Ou melhor, deplorável.

O técnico dela ficou indignado com uma punição tão grave. Grave? Na boa, quem acha que a exclusão dos jogos pra uma atitude ridícula desta é muito não deveria ser treinador. Cara, vai aprender o que é esporte antes de treinar alguém, sério. Ele devia se sentir envergonhado de ter treinado uma pessoa (não é atleta) que não sabe o mínimo exigido para ser um atleta olímpico.

É exatamente isso que falamos por aqui algumas vezes. O esporte não é só aquele momento em que se fica dentro da quadra, da pista ou do campo. O esporte envolve muitas outras coisas! E enxerga muito mal quem vê somente essa "ponta do iceberg" que é o desempenho dentro das quatro linhas.

Sendo as Olimpiadas a consagração do momento esportivo, as declarações dessa mulher são tão graves quanto um carrinho por trás, um gesto obsceno ou qualquer outro ato de violência gratuita, pois atacam o espírito esportivo da mesma maneira. É mais grave até, porque é um problema de base, de educação mínima de um atleta. Se o atleta de ponta não conhece ao menos isso, como ele pode ser um atleta a ser respeitado e admirado?

Abraços!

terça-feira, 24 de julho de 2012

O óbvio jornalismo esportivo

Fala pessoal,

Tudo certo?

Como amante do esporte, esse é um tema sobre o qual sempre quis falar, porque me incomoda absurdo: a obviedade dos jornalistas esportivos, seja em alguma entrevista, algum comentário durante um transmissão ou um artigo em jornal.

Quantas mil vezes você (leitor, telespectador, etc) não ouviu a veeeelha pergunta "como é o sentimeno dessa vitória?".

Como diria o Neto, é brincadeira né?

Toda vez que um cara ganha um torneio, ou que um time é campeão, sempre vem aquele reporter fazer a pergunta do sentimento. Poxa, eu respondo por aqui pra que esses caras tem um "Copiar e colar": o sentimento é o melhor possível, foi muito duro, e isso é resultado de muito trabalho e dedicação.

Chega né! O cara tem dias e dias pra pensar numa pergunta bacana e manda um "qual é o sentimento?". Fala sério.

Nas transmissões de tênis também é muito clichê frases como "ah, ele tem que pegar a bola mais na frente do corpo", "não pode cometer erros bobos", "tem que por a bola na quadra", "tem que melhorar o aproveitamento de primeiro serviço", "não pode deixar o adversário crescer na partida", entre outros.

Aí eu te pergunto: alguém não sabe que não pode deixar o adversário crescer na partida? Alguém acha que o tenista não quer melhorar o aproveitamento de primeiro serviço?

Os jornalistas responsáveis por essas pérolas tem que saber que o que vai diferenciá-los é dizer COMO o cara poderia melhorar o aproveitamento de primeiro serviço (mudando a empunhadura, fazendo um toss mais alto, direcionando o corpo para determinada direção no movimento do saque, etc).

Eu fico triste porque sei que existem profissionais que saberiam muito bem falar sobre isso, e eles não estão na televisão, no jornal, ou nos grandes veículos de mídia.

Um deles é o Paulo Murilo, que tem um dos melhores blogs de basquete que eu já vi (antes que falem alguma coisa, eu nem conheço ele, só leio o blog). O cara, ao invés de usar os clichês, tipo "falta personalidade ao time", ensina o basquete: o armador tem que jogar perto do seu marcador para abrir espaços, etc.

Outro cara que entende muito de tênis mas que não tem muita fama é o Carlos Chabagoilty, um treinador que, de fato, faz milagres com os garotos que treina. Eu vi com meus próprios olhos ele olhar para um garoto em treinamento na quadra por 3 minutos e fazer o aproveitamento de saque dele melhorar com uma frase. Isso eu digo porque eu vi (e ouvi) ele reensinando o garoto, que era federado por um grande clube.

A diferença desses caras é não usar aqueles "lenga-lengas" que quaquer um que já levou o esporte mais a sério já ouviu na vida. Frases que todo treinador meia boca repete sem saber que o que falou não tem sentido prático nenhum.

Todo mundo sabe que você tem que jogar com "raça", "personalidade", "dedicação", "vontade", "sangue nos olhos", etc. O que poucos sabem (e esses são os bons) é como melhorar um atleta sem se basear nesses incentivos de lugar comum.

Da mesma forma que fazem os treinadores, fazem os jornalistas.

Esse post é um desabafo mesmo, porque essas frases prontas irritam mesmo!

Vamos a algumas delas?

"Você vem para ser titular ou para compor o elenco?"
"Você acha que tem espaço nesse elenco do XX?"
"Agora é a hora de não errar" (qual é a hora de errar, mesmo?)
"Qual time vocês preferem pegar na final?" (essa é a que dá nos nervos!! Alguma dúvida de que a resposta será sempre que o time que ser campeão não escolhe adversário?
"Qual a emoção de jogar essa final?"
"Vocês tem chance de ganhar o campeonato?" (queria ver um dia o Loco Abreu falando na lata um "não!")
"Não pode perder a concentração"

Quem lembrar de mais alguma pode mandar aí!

Abraços!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Fim de semana

Fala pessoal,

O fim de semana foi muito movimentado no mundo esportivo. Teve de tudo.

O Bellucci confirmou a baita fase que vem vivendo, e venceu o torneio de Gstaad em cima do seu algoz da semana passada, o Tipsarevic. Quem passou por aqui já viu que dei uma opinião sobre a mudança do jogo do brasileiro, e acho que o título foi a consagração deste novo método de jogo dele.

Thomaz ainda deu uma derrapada no tiebreak do primeiro set, e é sobre momentos como este que recaem as críticas dos amantes do tênis. Ele abriu 6-1 na oportunidade e não fechou... me lembrou os erros do Brasil e Russia nas Olimpiadas de 2004 (com as devidas proporções, claaaro!).

O Basquete brasileiro fez atuações passíveis de crítica, mas, na minha opinião, temos que esperar pra ver como vai ser na hora que o bicho pega, quando estiver valendo mesmo. As seleções que são tidas como "pau a pau" com a brasileira tem uns caras de chegada, que crescem nos momentos de decisão (Ginobili, Tony Parker, Rubio e Gasol). Resta ver quem da seleção brasileira vai pegar a bola decisiva numa semi-final... por mais que eu admire o Huertas, Nene, Leandrinho e Cia., eu colocaria a bola na mão do Marcelinho Machado!

Mas pra mim a notícia do final de semana foi a rodada final do torneio de golfe que a ESPN transmitiu.

Pra dar uma idéia, os caras entraram em campo para a final de um torneio Major (como se fosse um Grand Slam no tênis, mais ou menos), e o líder até o momento era o golfista Adam Scott, um bom jogador, mas que nunca ganhou um dos grandes torneios.

Ele começou o dia com 11 abaixo do par, com uma vantagem de 8 tacadas sobre Ernie Els, que acabou sendo o campeão. Els não era nem de longe um dos favoritos no último dia, por causa dessa situação. Até porque entre o líder e ele havia jogadores do porte de Tiger Woods, que começou o último dia com 7 abaixo do par.

Mas Els jogou bem no último dia (nada absurdo), e todos os seus adversários tiveram um péssimo dia. O até então líder, Adam Scott, errou feio nos últimos buracos (inclusive uma tacada fácil pra esses caras no último buraco) e deixou o título nas mãos do rival.

Acho que ele vai entrar pra essa lista aqui: http://www.youtube.com/watch?v=N3_kLTQuopg&feature=relmfu

Abraços!

domingo, 22 de julho de 2012

Ausência

Fala pessoal,

Apenas avisando que a ausência no fim de semana se deu por causa de inúmeros compromissos.

Sociais mesmo, não profissionais.

Abraços

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Golfe na ESPN

Fala pessoal,

Em meio à confusão do jogo do Bellucci que não foi transmitido pela ESPN, muita gente reclamou que a emissora teria preferido o Major de Golfe à partida do brasileiro.

Não vou discutir a escolha por aqui. Quero aproveitar a chance para mostrar o que o Tiger Woods fez no buraco 18 da volta desta sexta-feira (aos 23 segundos deste vídeo):

http://noticias.r7.com/cidades/noticias/justica-condena-globo-a-indenizar-mulher-que-se-acidentou-em-programa-do-faustao-20120720.html

Absurdo. Mesmo pra quem não curte golfe...

Abraços!

PS: vou tentar buscar uma entrevista com um profissional do golfe pra me educar antes de falar do esporte.

Salário real do jogador de futebol

Fala pessoal,

Como essa história de salário de jogador de futebol já rendeu boas discussões por aqui, resolvi fazer uns cálculos interessantes pra descobrir qual é a média salarial desses caras até eles morrerem.

Veja bem, eu e você, em nossas profissões, ganhamos dinheiro a vida inteira, até nos aposentarmos. Pra nós, sejamos empregados ou profissionais liberais, a tendência é até ganharmos mais conforme envelhecemos. Um bom jogador de futebol ganha a grana "inteira" da vida dele quando é jovem, e não ganha praticamente nada depois.

Por isso resolvi verificar se esses caras realmente ganham tão bem assim.

Vamos lá. Já deixo claro que vou chutar alto, hem.

Tomaremos como exemplo um jogador que trabalhe dos 20 aos 35 anos, ganhando 100 mil reais por mês durante todo esse período (sim, eu sei que ele pode ganhar bem mais ou bem menos ao longo da carreira, mas esse cara é um "bem sucedido" se ganhar 100 mil por mês durante todo esse tempo, concorda?).

A expectativa de vida de um brasileiro que nasce hoje é de 73 anos (sim, eu sei que teria que pegar o dado de quem nasceu há 20/30 anos, mas acho justo que a expectativa seja um pouco maior do que a média de 30 anos atrás, considerando que nosso "paciente" aqui é um atleta, com saúde boa portanto).

Dos 20 aos 35 anos temos 180 meses. Ou seja, 180 meses ganhando 100 mil reais. Isso são 18 milhões de reais.

Dos 20 aos 73 anos são 53 anos, que é o tempo que ele vai ter que sobreviver com o salário (18 milhões). 53 anos são 636 meses.

Então esse cara vai ter que viver 636 meses com os 18 milhões que ganhou. Dividimos então tudo que ele ganhou na vida por tudo que ele vai viver após o "primeiro salário" de 100 mil. Assim a média do salário dele para sua vida equivalerá a R$ 28.301,00.

Veja bem a conclusão a que chegamos.

O jogador de futebol que por 15 anos seja "top" ganha 28 mil reais por mês, na verdade. Ou seja, ele ganha, de fato, o mesmo que o topo do funcionalismo público ganha no país (salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal).

Claro, existem outros fatores a serem considerados no cáculo, como por exemplo os rendimentos do que o cara investir durante a vida, mas mesmo assim o cálculo é válido.

Não é de se estranhar, portanto, que muitos jogadores acabem na pindaíba depois de um tempo, afinal, é impossível o cara que ganha na realidade 30 mil reais por mês comprar um Porsche, ou uma BMW X-5.

Agora pense num cara que não é "top" a carreira inteira. Ou que é "top" só por 5 anos da carreira. Dá pra ele viver como milionário quando tem 25 anos?

Interessante isso aí...

Abraços!

Atletas e sua imagem

Fala pessoal,

Tudo certo?

Esse episódio com a Iziane me fez parar pra pensar na despreocupação que a maioria dos atletas tem com a sua imagem durante a carreira.

Como bem sabemos, é muito difícil para um atleta profissional manter seus rendimentos ($$) quando finda sua carreira dentro das quadras.

Por isso eu fico indignado com histórias como a da Iziane. Poxa, querendo ou não, a menina é a melhor jogadora brasileira dos últimos anos, e podia estabelecer-se como símbolo de uma geração. Tudo bem que, provavelmente, seria símbolo de uma geração com poucas vitórias, mas pelo menos seria lembrada como "dona" de uma época.

Parei pra pensar no quanto casos como estes podem afetar o bolso de um atleta, especialmente em sua "aposentadoria".

Evidente que enquanto a Iziane (por exemplo) continuar "entregando" dentro de quadra, dificilmente faltará uma equipe querendo contratá-la. Mas e depois? Como fica?

Vejo a mesma coisa acontecendo com o Ronaldinho Gaucho, com a diferença de que ele está num patamar em que dificilmente faltará dinheiro. Mas o caso é o mesmo. O cara tinha tudo para ter uma imagem fenomenal por 50 anos (ou eternamente), e deixou esta imagem ser corroída por histórias evitáveis.

Do lado oposto, apenas para visualizar melhor, vejo o Denilson. O cara cultivou uma imagem simpática durante toda a carreira de jogador, sempre atencioso e até mesmo engraçado. Finda sua carreira, rapidamente virou objeto de desejo de emissoras de TV. Outros exemplos que enxergo são o Tande e o Giovane do Volei. Cara, o Giovane tá fazendo propaganda de faculdade às custas de uma imagem estabelecida há 20 anos!

Na minha opinião, o que acontece em casos como o da Iziane ou do Ronaldinho é uma miopia por parte dos atletas mesmo. Eles não conseguem ver, em momentos críticos, que sua carreira não necessariamente tem 10, 15 anos, mas que ela poderia ter 30 ou 40 anos.

Apenas para finalizar com outro exemplo admirável de cuidado com a imagem, indico as irmãs gêmeas do nado sincronizado, Bia e Branca, que estiveram ontem no programa do Danilo Gentili.

Essas duas vieram de um esporte completamente marginal na cultura do país, não tem o melhor retrospecto dentro da piscina, e mesmo assim são símbolo de sua época. Por isso conseguiram não apenas chamar mais atenção para toda a modalidade, mas também contratos publicitários significativos - elas vão para as Olimpiadas contratadas pela Adidas, mesmo não tendo se classificado!! Parabéns a elas.

Esses casos de sucesso, no entanto, são exceções no Brasil, concordam?

E depois ainda querem falar de "planejamento esportivo" por aqui...

Abraços!

Cadê o jogo, ESPN?

Fala pessoal,

O Bellucci venceu hoje no torneio de Gstaad, mas o curioso é que os fãs de tênis não ficaram felizes.

Isso porque a ESPN comunicou que transmitiria a partida e todo mundo entendeu que isso significava que a transmissão seria "ao vivo".

O Fininho falou literalmente em seu blog: "A partir de sexta feira estaremos ao vivo comentando". Não foi.

As reclamações do público estão no site da própria ESPN, vejam nos comentários:

http://espn.estadao.com.br/noticia/269855_bellucci-supera-outra-pedra-no-sapato-e-vai-a-semifinal-em-gstaad-na-suica

http://espn.estadao.com.br/post/269725_rafael-nadal-fora-dos-jogos-que-triste-o-tenis-perde-muito#

Isso me lembrou o Galvão Bueno no UFC... o porém é que ESPN é ESPN, poxa! Todo mundo quer ver o jogo ao vivo, né? Poderiam ter feito uma forcinha pra encaixar o jogo durante a transmissão do Aberto de Golfe.

Abraços!



O corte da Iziane

Fala pessoal,

Nesta quinta-feira a noite o blog Bala na Cesta anunciou o que viria a ser confirmado pela CBB hoje de manhã: Iziane foi cortada da equipe feminina.

Para muitos, essa foi uma notícia previsível diante do comportamento conhecido da atleta.

Iziane, para quem não sabe, abertamente se colocava como "estrela e grande jogadora", e jamais aceitou, por exemplo, ficar na reserva em determinada situação de jogo, independente do que pensasse o técnico.

Essa afirmação é fato, basta ver os vídeos abaixo, com palavras de própria atleta, ditas após o episódio em que se recusou a voltar para a quadra a pedido do técnico Paulo Bassul, na derrota para Bielorussia:

http://www.youtube.com/watch?v=qowXmz7T2cg ("toda estrela é assim (...) grandes jogadores são assim").

http://www.youtube.com/watch?v=6SK9n6Ati34&feature=related ("supostamente a estrela da sua equipe, que é o que todos vocês falam").

Neste entrevista dada após o jogo, o técnico deixou bem claro o que achava: Iziane não tinha virado as costas para ele, mas sim para suas companheiras e para o país que representa. Justo.

http://www.youtube.com/watch?v=STMPr40mF-8

O que parece que Iziane não entendeu à época, e não sei se entende agora, é que sua opinião acerca de como o time deve ser comandado é... só mais uma opinião! É literalmente impossível comandar um time em que 12 jogadoras decidam como vai ser comando, pelo simples fato de que cada uma vai querer uma coisa.

É por este motivo que existe um técnico. Para que alguém tome as decisões pensando no grupo, no coletivo, e não em si mesmo. Claro, pois se todas as jogadoras fossem decidir, todas se escalariam!

A única experiência contrária a esta lógica foi a democracia corintiana, e não me parece que as jogadoras do time de basquete (tomando como exemplo a própria Iziane) tenham esclarecimento suficiente para implantar algo semelhante, afinal, se uma delas já se acha uma estrela...

A minha opinião é que jogar na seleção brasileira não tem nada a ver com a Iziane. Ela simplesmente não quer isso para a vida dela, pois se quisesse, naturalmente se comportaria de forma diferente. Simples assim.

Uma vez que tanto faz jogar na seleção, não existe motivo para ela ser convocada. Digo isso porque, pessoalmente acho que a jogadora não pode pensar em representar seu país como uma obrigação. Ela tem que querer muito estar ali, para fazer o melhor de si e, no fim das contas se divertir. A pessoa tem que ser grata por estar ali, e pela experiência de vida que esta desfrutando!

No caso da Iziane, parecia que era ela quem fazia um favor à seleção.

O que muito me espanta, como espantou desde o episódio "estrela", é o fato de não termos ouvido UMA declaração de alguma colega de time, que se levantasse em defesa da Iziane ou do técnico. Possivelmente é um medo justificável (ninguém quem ficar mal com o técnico ou com a companheira), mas eu gostaria de ver um time mais bruto, mais brigador, tanto dentro como fora da quadra.

Enfim, o que vai sobrar deste episódio não vai ser Iziane, não vai ser Hortência. Vai ser a dúvida: onde está o basquete feminino brasileiro?

Abraços

PS: pessoal, para quem quiser acompanhar melhor o assunto, entre no blog Bala na Cesta, que foi o que deu a notícia em primeira mão. O link está no final desta página.



quarta-feira, 18 de julho de 2012

Unguarded (mais da ESPN)

Fala pessoal,

Mais uma bola dentro da ESPN.

Hoje eles transmitiram o documentário "Unguarded", que relata a vida de Cris Herren, ex-jogador do Boston Celtics.

Eu nem lembrava desse cara, mas juro que o documentário é sensacional.

Cris Herren foi um cara que chegou à NBA, jogou pelo seu time de coração (Celtics), e se afundou no mundo das drogas.

Hoje o cara dá várias palestras contando sua história, e o documentário basicamente mistura suas palavras das palestras atuais, imagens da época de jogador e relatos de familiares e amigos.

Se eu fosse pai mostraria esse documentário para os meus filhos adolescentes. Ele mostra como a droga pode acabar com a vida de uma pessoa que tem tudo.

O relato cru do jogador é impressionante. Ele conta como chegou a sair na porta do ginásio dos Celtics a 5 minutos de a partida começar para ficar esperando seu traficante entregar-lhe as drogas. Conta também como o mundo cruel do vício fez com que gastasse tudo que ganhou no basquete (inclusive os salários de 50 mil dólares por mês que ganhava jogando na Itália).

Fica a dica pessoal, porque o filme é excelente. Ponto para a ESPN por exibi-lo por aqui.

Abraço

PS:  trailer diz tudo http://www.youtube.com/watch?v=3swmyz12Ujs

ESPN "My Wish"

Fala galera,

A ESPN HD (canal 560 da Net) tem passado alguns episódios do quadro "My Wish" durante o Sportcenter Americano (começa taarde).

Pra quem não viu, este quadro mostra a história de alguma criança que tem o desejo (wish) de conhecer seu ídolo. Geralmente a criança tem uma vida difícil, ou passou por maus momentos.

Curti bastante, e deixo aqui o vídeo de um dos episódios, em que o ídolo é o Kobe Bryant.

http://www.youtube.com/watch?v=_gV9wRq2uFI

Abraços

Mari e a seleção de Volei

Fala pessoal,

Acho que bastante gente acompanhou a história do corte da Mari pelo técnico Zé Roberto.

Independente das opiniões pessoais de cada um (eu, por exemplo, acho que ela deveria ir), acredito que o assunto vem sendo tratado com bastante transparência, o que deixa a imagem desta grande equipe brasileira mais respeitável ainda.

O técnico já declarou que o corte foi feito por motivos técnicos. A menos que exista um motivo oculto que eu desconheço, esse é um jeito bem bacana de dizer publicamente que a jogadora foi cortada por existirem outras melhores no momento, ou, pelo menos, mais adequadas ao time que o técnico deseja fazer jogar.

Não sou adepto de teorias de conspiração, segundo as quais sempre existe um motivo por trás das palavras do técnico. Pensem bem, o que ele deveria dizer se cortou a jogadora por acha-la pior tecnicamente do que as outras? Imagina só o Zé Roberto falando "cortei a Mari porque ela é pior", ou "cortei a Mari porque ela tá jogando muito mal". Poxa, o cara foi bem delicado ao falar "é uma questão técnica.

A Mari, por sua vez, declarou que achava que ainda podia ajudar o time. Ela está no papel dela. Jogadora sempre quer jogar, e sempre vai achar que merece. E isso é bom, pois evidencia a vontade de jogar, de ganhar. Infelizmente para os jogadores, a decisão cabe ao técnico.

Abraços!

terça-feira, 17 de julho de 2012

Seleção Feminina de Futebol

Fala pessoal,

Hoje a seleção feminina de futebol derrotou o Canadá por 2 a 1 em jogo que serviu de preparação para as Olimpiadas.

É claro que nessa hora todo mundo está pensando em acertar o time para os Jogos acima de tudo, mas também não é nada mal ganhar nos acréscimos após tomar o empate... nos acréscimos!

Especialmente para um time que tem essa péssima experiência em acréscimos: http://www.youtube.com/watch?v=Z8IBb0FW64s&feature=related

Da minha parte, fiquei com a impressão de já ter visto as meninas jogarem melhor, mas, por outro lado, achei incrível o preparo físico do time inteiro.

Torço absurdo pra esse time, como todo mundo que já passou por aqui sabe, e nas Olimpiadas não vai ser diferente.

Abraços!

A maré do Bellucci

Fala pessoal,

Quem tá acompanhando o tênis nas duas últimas semanas sabe que o Bellucci, além de ter ganhado bastantes jogos, está jogando um tênis bacana de ver.

Fico aqui me perguntando o que aconteceu para que ele melhorasse substancialmente.

Digo "substancialmente" porque, pessoalmente, acho que o Bellucci realmente evoluiu nessas últimas semanas, não foi apenas um golpe de sorte ele ter ganhado. Acho mesmo que ele mudou algumas coisas em seu jogo que fizeram ele aumentar seu aproveitamento de pontos dentro da partida.

Entre as mudanças que eu notei (e eu não sei se isso foi intencional da parte dele... nem estou dizendo aqui que isso é uma verdade, é só uma impressão que eu tive), acho que a que mais se destaca é que ele começou a colocar mais a bola na quadra em mais pontos.

O brasileiro tem um forehand pesadíssimo, e usa muito bem este golpe. No entanto, na minha visão, ele arriscava muito ao longo do jogo, tanto com seu bom forehand quanto com seu backhand, o que tinha um impacto significativo no percentual de pontos que ele ganhava.

Basicamente, acho que ele determinava seus jogos. Ou ele ganhava os pontos, ou ele perdia os pontos. Assim, ele não deixava muitas chances para o adversário tomar a frente do ponto, e, de repente, cometer alguns erros não forçados. Enfim, ou o Bellucci ganhava, ou o Bellucci perdia... dificilmente o resultado da partida podia ser atribuído ao desempenho do outro jogador.

(Essa análise que fiz serve mais para os jogadores de ranking parecido ao dele... no caso do Nadal não foi bem assim. De qualquer jeito, via assim os jogos dele).

Nas últimas semanas, no entanto, vi o Bellucci trocar um pouco mais de bolas do fundo da quadra, esperando um pouco mais para definir os pontos, especialmente em bolas no seu backhand. Muitas vezes ele arriscava esse golpe de forma desnecessária. Claro, muitas vezes ele acertava belíssimas bolas na paralela, mas muitas vezes também ele errava um backhand no meio de uma troca de bolas "tranquila".

Especialmente no jogo contra o Tipsarevic, que o brasileiro perdeu, achei que ele ponderou muito bom os momentos de trocar um pouco mais e de arriscar mais alguns golpes. Seu backhand ainda falhou muito (para um jogo neste nível), inclusive em bolas fáceis, como devoluções de segundo serviço.

Aparentemente, o brasileiro tem esperado para arriscar, e, quando o faz, faz com seu potente forehand, que tem um índice de acerto bem maior do que seu backhand.

Mesmo diante dos problemas, acho que houve sim uma mudança estrutural no jogo do Bellucci, e torço para que isso transpareça neste segundo semestre.

Abraços!

Brasil x EUA - Masculino

Fala pessoal,

Para quem começou a noite mal com a derrota da seleção feminina, a boa notícia foi o bom desempenho do time masculino contra os EUA.

Pessoalmente, gostei bastante do jogo, e, diferentemente do que aconteceu com o time feminino, o Brasil não perdeu por jogar mal, por escolher mal as jogadas ou por não estar preparado. Perdeu pois a qualidade do time americano é maior.

Claro que vimos alguns erros inaceitáveis em uma partida "pra valer", como aquele erro do Nenê na saída de bola no final do jogo, que resultou numa bola de três pontos do Lebron. Mas, no geral, acho que todos os torcedores ficaram satisfeitos com o jogo do time.

Contribuiram para isso, na minha opinião, a grande qualidade do armador Marcelinho Huertas na armação das jogadas (sempre tranquilo, e com uma habilidade indiscutível), e o bom trabalho de defesa durante a partida inteira, especialmente dentro do garrafão.

Vale lembrar que esta seleção americana tem a tradição de sempre passar dos 100 pontos, mas ficaram longe desta vez - o que afundou o time brasileiro foi o pífio resultado no ataque no segundo quarto da partida, quando marcou apenas 5 pontos.

Vendo a partida de fora tive a impressão de que algumas coisas ainda podem melhorar.

Na minha opinião, o trabalho defensivo do Marcelinho Huertas ainda não se compara ao que ele faz no ataque. Sempre que sofre o corta-luz do pivô na cabeça do garrafão, acaba dando muito espaço para o armador adversário trabalhar, o que complica o trabalho de toda a linha defensiva, especialmente de quem está marcando os alas. Quando o time adversário tem um pivô ágil (dentro do possível) e um armador muito rápido, o cenário é pior, porque tanto a troca de marcação, quanto a recuperação da jogada pelo Marcelinho são complicados.

Outro ponto que achei um pouco destoante foi o "handle" da bola pelos pivôs. Nos EUA eles falam bastante desta característica dos jogadores em outro esporte, o Futebol Americano, mas acho que vale neste caso.

O "handle" seria o manuseio, a habilidade manual do atleta com a bola.

Acho que os pivôs brasileiros pecaram um pouco nisso durante a partida. Algumas vezes parecia que havia certa dificuldade do trio Splitter/Nenê/Varejão e manusear a bola, ou assegurar sua posse no ataque brasileiro, e tomamos alguns "turn overs" por causa disso.

No geral, é isso!

Abraços!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Brasil x EUA - Feminino

Fala pessoal,

Nesta segunda-feira a seleção feminina de basquete jogou contra os EUA, em partida amistosa preparatória para os jogos olímpicos.

A derrota por 99x67 foi mais do que justa, na minha opinião. Achei o time brasileiro surpreendentemente inferior ao americano. Claro, favoritismo sempre haverá, mas achei que o time brasileiro foi atropelado "demais".

Desde o começo do jogo o Brasil sentiu demais a marcação pressão feita na quadra inteira pelas americanas. Mas, numa boa, time profissional tomar sufoco em marcação pressão é dureza. Parecia que o time tinha sido surpeendido com a postura defensiva americana, o que não é tolerável jamais.

Para deixar bem claro, o que não acho tolerável é a surpresa, não a derrota. Acredito que um time que quer vencer, especialmente num ano olímpico, deve estar preparado pra tudo.

Fora isso, vi algumas coisas que eu, pessoalmente, não gostei, e dou alguns exemplos.

Mesmo com a dificuldade de levar a bola até a quadra de ataque, não vi nenhuma vez uma pivô "escoltar" a armadora para o ataque, quando esta estava sendo marcada individualmente. E isso é a coisa mais básica do basquete! Uma pivô, no mínimo, tem que fazer uma sombra sobre a armadora adversária para ajudar a nossa armadora a chegar no ataque.

Também não gostei de não ter visto corta-luz algum fora da linha dos três na nossa ofensiva. Vi sim muitos corta-luzes feitos lá embaixo, no garrafão, com o intuito principal de propiciar às nossas alas receberem a bola com mais espaço, mas não vi nenhum feito para ajudar nossa armadora a trabalhar a bola menos abafada na região da cabeça do garrafão.

Detalhes como esse, na minha opinião, fizeram com que cada vez mais as jogadores chutassem desequilibradas, o que, obviamente, aumenta o percentual de erros.

Por último, destaco a "pressa" do time.

O ritmo imposto em jogos nesse nível é muito rápido, e a transição defesa-ataque dos dois times geralmente é muito forte. Mas o time não pode confundir a velocidade com a pressa! Uma vez que temos a bola na quadra de ataque, é tarefa da jogadora definir de forma equilibrada, seja antes dos 10 segundos de posse de bola (contra-ataque), seja perto dos 24 segundos.

Exemplo do que disse no último parágrafo foi uma jogada da Iziane no primeiro quarto, quando, num contra-ataque em que tinha duas companheiras livres, ou a opção de ir para a bandeja no 1x1, ela fez uma "parada brusca" e chutou da cabeça do garrafão. Errou.

Sobre esse jogo era o que tinha a dizer. Agora vou voltar ao jogo masculino, liderado, por enquanto pelo Brasil.

Toma essa, Obama!

Abraços

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Brasil x Argentina

Fala pessoal,

Estou aqui vendo o jogo Brasil x Argentina de Basquete no Sportv, e houve um início de confusão na quadra.

Em primeiro lugar, posso estar bem enganado, mas se alguém está vendo pode me corrigir: os dois pontos da bandeja do Huertas que antecederam a confusão não foram computados!!! O placar manteve-se parado em 31 pontos pro Brasil!

Mudando o foco, falo do motivo que me fez vir para o computador.

Já deixo bem claro que sou contra qualquer tipo de violência ou agressão no esporte, e quem já frequentou esse blog sabe disso.

O início de briga na quadra teve grande participação do Nenê, que chegou empurrando todo mundo que estava no caminho entre ele e o Marcelinho Machado.

Apesar de ser uma atitude clara de violência, a atitude do Nenê pode render bons frutos dentro do grupo brasileiro, na minha opinião.

Nenê foi um jogador sobre o qual pairaram dúvidas na preparação para os jogos olímpicos, pelo fato de não ter feito parte da trajetória do time "em tempo integral". Em suma, a vaga olímpica foi conquistada em sua ausência, por motivos alheio ao esporte em si.

A atitude reprovável do ponto de vista esportivo, pelo bem ou pelo mal, pode trazer bons resultados dentro do grupo que se forma para o campeonato olímpico, pois posso assegurar que dentro de uma equipe esportiva, independentemente de juízo de "atitude certa/atitude errada", a atitude do Nenê sempre vai ser vista como uma atitude "de grupo", pois o cara saiu em defesa do seu companheiro.

Coisas dos esportes coletivos, que quem já praticou pode referendar!

Abraços!

Newport Casino

Fala pessoal,

Como os amantes do tênis bem sabem, Guga vai ser homenageado essa semana, entrando para o Hall da Fama do tênis.

Ao invés de ficar falando e falando por aqui, vou recomendar pra quem quiser o blog do Alexandre Cossenza, que é o melhor blog de tênis que eu conheço.

O cara começou muito bem as matérias feitas diretamente de lá, com uns detalhes incríveis do lugar.

Vale muito a pena visitar o blog, especialmente nessa semana.

http://globoesporte.globo.com/platb/saqueevoleio/

Abraços!

terça-feira, 3 de julho de 2012

X-Games

Fala pessoal,

Nos últimos dias fomos premiados com uma ampla transmissão dos X-Games pela ESPN.

Acompanho esse evento há muito tempo, e gosto muito de como eles promovem os atletas, as marcas e, principalmente os esportes.

Pessoalmente, acho que os X-Games são um produto mercadológico exemplar dos anos 2000. Pra quem já teve curiosidade de ler um pouco da Biblia do Kotler deve concordar (mix de marketing, marketing 360º, etc).

Os caras conseguiram transformar esportes bem marginalizados em tendência mundial, aumentando o lucro dos atletas, das marcas patrocinadores e das cotas de televisão, por exemplo.

Como esse aqui é um blog esportivo, vejamos pelo lado esportivo.

O crescimento vertiginoso dos esportes ali envolvidos contou com uma série de fatores, que não acho que possam ser listados cronologicamente. Muita coisa ajudou, desde o começo das transmissões mundiais do evento, passando pelo sucesso dos jogos de videogame (Tony Hawk marcou uma geração jovem, com certeza), pelo carisma inerente de algumas figuras históricas do evento (Pastrana, Bob, irmãos Yasutoko), e até mesmo pela mudança da cultura da moda jovem.

Com tudo isso, claro, o valor de tudo envolvido no evento aumenta, e isso beneficia demais o esporte.

Como?

Antes de tudo, na minha opinião, pela grana.

Com o dinheiro circulando mais nesse mercado, todo mundo ganhou, inclusive os atletas. Isso permite que eles sejam, de fato, atletas. Cada vez mais é possível viver do skate ou da bike, por exemplo. Assim, o foco da vida do cara pode ser seu preparo físico e técnico nas 24 horas do dia, que é o que um atleta de ponta realmente precisa.

Com mais dinheiro, portanto, o próprio nível do esporte melhora, afinal quem está competindo ou tentando virar atleta profissional vai conseguir elevar seu desempenho diariamente, o que é sensacional.

Fora isso, com o interesse crescente de pessoas e marcas, os esportes conseguem ganhar mais estrutura para crescer. Explico.

Uma marca/empresa somente investe num mercado em que pensa lucrar. Assim, com mais pessoas querendo trucks, rodas ou skates, mais empresas vão querer vender esses produtos. Como vende mais quem tem o produto melhor e mais barato, os skatistas terão cada vez mais skates melhores por um preço menor.

Não obstante, os esportes dos X-Games foram sendo mais aceitos socialmente, o que é ótimo para qualquer esporte, e para qualquer pessoa que acredite no esporte como instrumento de formação social. A velha idéia do "esporte tira a criança das drogas" é um clichê que pode ser aplicado neste caso, especialmente pelo perfil social historicamente associado aos skatistas no Brasil (infelizmente).

No lado ruim, achei um pouco confusa a transmissão da ESPN em alguns momentos, como no Bike Big Air, em que os comentaristas falavam ao mesmo tempo, sem uma apresentação um pouco mais linear do evento.

Abraços!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Devvarman X Isner e a lógica no esporte

Fala pessoal,

Essa história é antiga, mas eu não conhecia, mesmo como grande fã do tênis.

Vocês acreditariam se eu dissesse que Somdev Devvarman já ganhou título em cima do John Isner?

Alguns devem estar se perguntando quem é Somdev Devvarman, outros devem duvidar que um cara como esse já ganhou um título, ainda mais em cima do Isner.

A história desse jogador é bem curiosa, e resolvi explorá-la um pouco mais por guardar uma relação direta com o esporte universitário americano, do qual já falamos por aqui.

Somdev, pra quem não sabe, é o atual nº 259 do ranking da ATP (seu melhor foi nº 62).

Sua firme empreitada no tênis começou quando o técnico da Universidade de Virginia viajou para buscá-lo na Índia. O cara veio a se tornar bi-campeão do forte campenato universitário americano (2007 e 2008), e, na primeira das finais sua vítima foi justamente o John Isner.

Para uma melhor visualização: http://www.youtube.com/watch?v=fWGrkb_t0BI&feature=related .

O que eu achei curioso nessa história foi a diferença na carreira dos dois dali pra frente, e como essa breve observação pode revelar que muitas das coisas que ouvimos dos especialistas por aí podem ser balela.

Poxa, pensem bem.

Isner e Devvarman sairam praticamente do mesmo lugar, com a diferença de que o Isner perdeu pro indiano, ou seja, o "momento" do cara era melhor.

Os dois se profissionalizaram praticamente ao mesmo tempo, e observando o ranking, vemos que o desempenho do Isner piorou de 2007 para 2008 (terminou 2007 como nº 106, e 2008 como nº 144), enquanto o Devvarman teve uma subida meteórica no mesmo período (terminou 2007 como nº 1033, e 2008 como nº 202).

Hoje Isner é top 10, e Devvarman nº 259. O que explica?

Eu tenho na ponta da língua as respostas que ouvimos todos os dias por aí, e que com certeza você já pensou também: Isner deve treinar mais duro, Isner tinha mais a crescer, Isner tinha mais coração, Isner tinha mais preparo físico, Isner tinha mais força mental, etc, etc...

Mas será que é isso mesmo?

Os caras sairam da mesma situação, qual seja, uma final da NCAA! Será que naquela época o Isner treinava menos do que o Devvarman, então? Será que naquela época o Isner tinha menos força mental?  Porque, pela lógica, se isto explica ele ser melhor que o indiano hoje, também pode explicar ele ser pior do que o indiano em 2007...

Pessoalmente, não tenho uma opinião formada sobre os motivos. Quer dizer, tenho apenas uma opinião "negativa", a de que esse lugares comuns propalados por aí não são a folha de respostas para explicar muita coisa não.

Mudando um pouco o tema, mas com base na mesma situção, lembro de um debate que muitas vezes surge no tênis brasileiro, que é o da dificuldade na transição dos atletas juvenis para o profissional.

Vejam o mesmo exemplo do Isner com o Devvarman. Os dois caras tiveram a base de formação no mesmo contexto (tênis universitário americano), porém o período turbulento de transição aparentemente teve um "outcome" bem distinto para os dois, afinal o americano deslanchou de vez, enquanto o indiano parece ter encontrado uma parede em sua evolução.

Fico aqui pensando numa coisa que ouvi um comentarista de futebol falando uma vez: será que naturalmente não existem os caras que tem potencial para ser nº 1 e outros que tem que aceitar a limitação natural de seu potencial para nº 50 (por exemplo).

É engraçado, porque somos condicionados a acreditar que trabalhando mais duro, fazendo uma alimentação melhor, cultivando uma "força mental", ou fazendo outras coisas mais podemos sempre superar a parede.

Mas será que podemos mesmo? Será que o atleta não tem que aceitar seu limite?

Em princípio, parece que esse conformismo faria um mal danado. Poxa, então o cara tem que se contentar em ser "só" o nº 50? Soa estranho pensar que um atleta pode se conformar...

Por outro lado, será que aceitando seus próprios limites, o atleta não conseguiria, de fato, chegar mais próximo deles?

Dou um exemplo prático.

Imaginem o tenista indo para uma bola na cruzada na corrida, com seu adversário se aproximando da rede. Ele pode se achar o Pete Sampras, e tentar fazer a passada outside-in; ele pode se achar o Hewitt e tentar o lob com top spin; ou então ele pode aceitar suas limitação, e tentar uma passada simples, ou uma bola no pé.

Vejam, no primeiro caso, tentando "se superar", o cara dificilmente ganharia o ponto (erro provável). No segundo caso, aceitando seus limites, o cara ainda permaneceria no ponto (acerto possível).

O mesmo se dá com um jogador de futebol tentando um cruzamento de primeira ao invés de dominar antes a bola, um jogador de basquete que chuta caindo para trás ao invés de trabalhar a bola.

Olhando a "big picture", as chances do cara que aceitou seus limites não melhoraram?

Talvez...

Abraços!

*erros corrigidos

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Romarinho e os tabus

Fala pessoal,

Resolvi falar desso jogador corintiano por um simples motivo: o cara quebrou um monte de lugares comuns no futebol.

Primeiro, ele pulverizou o papo de que jogador tem que ser experiente pra jogar Libertadores. Ele tem 21 anos, não tinha nenhuma experiência profissional, e mesmo assim deu um toque frio na hora do "cara a cara".

Depois, fortaleceu a dúvida de algumas pessoas (minha, inclusive) de que jogar fora de casa, ou contra uma torcida barulhenta faz diferença dentro de campo - já falei sobre isso nesse post aqui http://esporteeminhaamante.blogspot.com.br/2012/06/o-fator-casa.html .

Também deixou em dúvida o papo do "entrosamento", porque nunca tinha jogado com o Emerson, por exemplo, e a movimentação na jogada do gol pareceu sincronizada.

Bom, esses foram alguns lugares comuns que eu lembrei.

Fora isso, fazendo uma breve análise do jogo, acho que o Corinthians não fez nada demais no jogo, apenas se defendeu bem, porque se formos rever a partida, não veremos muitos lances de perigo criados - isso é um mau sinal para os corintianos no jogo de volta.

O Boca também não fez uma partida boa, mas acabou criando mais chances nos momentos em que deu pressão (segundo tempo).

Abraços!

Riquelme e a imprensa

Fala pessoal,

Muito curiosa a repercussão da atuação do Riquelme ontem contra o Corinthians.

Vocês acham que ele jogou bem ou mal?

Pois então, os jornais "O Estado de São Paulo" e "Folha de São Paulo" tem opiniões beem divergentes!!

Para o Estadão, Riquelme mereceu nota 8,5 pois "mesmo mais nervoso que o normal, foi o melhor do time argentino e da partida. Arma todas as jogadas do Boca".

Ainda para o Estadão: "Ralf e Paulinho, olhando para o céu, deixaram o craque argentino organizar as combinações pelas laterais, sempre acionando o esperto Mouche".

Bom, então parece que ele jogou bem...

Mas a Folha, na matéria "Corinthians paralisa Riquelme", diz que "Riquelme, que de atuação tão pálida não bateu nem o escanteio que deu origem ao gol de sua equipe (...) teve uma noite de jogador comum".

Engraçado como o mesmo jogador no mesmo jogo pode gerar opiniões tão diferentes!

Abraços!

Polêmica da Jade

Fala pessoal,

Vou aproveitar esta recente polêmica da Jade Barbosa para levantar uma questão.

Pra quem não viu, hoje saiu em alguns jornais a notícia de que a Jade não irá às Olimpíadas por ter deixado de assinar um termo/contrato específico da Confederação Brasileira.

Segundo o Estadão (e isso eu não tenho como confirmar, deixo claro), a principal discórdia se daria em razão de a Jade não aceitar competir expondo a marca patrocinadora da Confederação sem ser individualmente patrocinada pela tal marca.

Resumindo, a Jade não teria achado justo vincular sua imagem para a patrocinadora da Confederação sem ser remunerada para isso.

Justo?

Então, essa é uma questão de longa data nas Olimpíadas.

Geralmente acontece quando o jogador é patrocinado em sua carreira pela marca X, e a sua Confederação ou o Comitê Olimpico é patrocinado pela marca Y.

É mais ou menos o que aconteceu com o Guga nas Olimpiadas de Sydney.

Naquele ano, Guga era patrocinado pela Diadora, e o COB pela Olimpikus. O impasse quase deixou o nº 1 do mundo de fora da competição, mas no fim chegou-se a um acordo.

Esta notícia da Istoé à época resume bem o conflito: http://www.terra.com.br/istoe-temp/1615/brasil/1615_vitoria.htm

Guga jogou com um uniforme "liso", sem marcas, e apenas exporia a marca da Olimpikus caso fosse ao pódio.

Pessoalmente, acho muito justa essa batalha dos atletas a fim de honrar seus compromissos com seus patrocinadores individuais.

É muito fácil para a opinião pública/dirigentes taxarem o atleta de mercenário, ou dizer que ele não tem amor pela pátria pelo fato de não aceitar jogar as Olimpiadas por disputa financeira de seu patrocinador.

Mas calma aí.

Quem foi que realmente apoiou o esporte? Quem foi que pagou o salário do cara durante os 4 anos que antecederam os Jogos? Enfim, quem colocou de verdade a mão no bolso por ele?

Claro, eu sei que o COB também tem que bancar seus custos de sobrevivência, o que inclui até despesas com os atletas. Mas os patrocinadores individuias não tem grandes "agendas" a cumprir como uma confederação, eles investem diretamente no atleta (e no esporte indiretamente), mesmo que por razões mercadológicas.

Acho muito cômodo alguém que não fez nada pelo atleta em 4 anos surgir na hora "H" querendo exigir o cumprimento de alguma coisa. Complicado...

Na situação específica da Jade talvez haja diferenças, pois até onde sei a Confederação de Ginástica faz bastante coisa pelos seus atletas, mantém um forte centro de treinamento, etc.

Mas mesmo assim, e mesmo se a questão for da forma como expôs o Estadão, eu ainda fico do lado da atleta nesse assunto.

Afinal, não é ela quem vai associar sua imagem à patrocinadora? Então é ela quem tem que receber por isso.

Abraços!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Jogador de futebol ganha tudo isso?

Fala pessoal,

O "bicho" dos jogadores do Corinthians pela final na Libertadores (100 mil reais, de acordo com o Blog do Perrone: http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2012/06/corinthians-paga-r-100-mil-para-cada-jogador-por-vaga-na-final-santos-daria-r-30-mil/), somado a uma conversa que tive com um amigo meu nessa semana me levaram a fazer esse post.

Esse amigo levantou uma bola bem estranha sobre os salários dos jogadores. Ele me disse: "Zacha, você realmente acha que jogador de futebol ganha 300, 400 mil reais por mês? A conta não fecha, rapaz!".

Ele levantou uma suspeita que tem certo fundamento, e deixa uma dúvida no ar. Pelo menos deixou pra mim.

E a suspeita que esse cara levantou cria uma tese bem didática que explicaria muita coisa sobre o mundo do futebol de hoje, como o ódio a certos empresários, a razão dos salários serem tão altos, etc.

Bom, vamos lá.

Todos os dias lemos sobre os jogadores de times grandes que ganham centenas de milhares de reais por mês. Isso não é novidade.

Todos os dias também lemos sobre o crescimento da dívida dos clubes de futebol. A primeira dúvida já surge aqui: porque um clube endividado continua pagando salários astronômicos aos jogadores de futebol?

Sem fazer falsas acusações, nem apontar o dedo para ninguém em específico, o cara manifestou sua opinião: o clube de futebol virou um meio para fazer o dinheiro passar do "bolso" do clube para o "bolso" de certas pessoas apadrinhadas.

Aí foi que eu pensei: "bom, qual é o problema do clube passar o seu dinheiro pro bolso dos craques de bola? Os melhores funcionários tem que ganhar bem mesmo".

Pois a resposta, ao mesmo tempo que me assutou, fez refletir:

"A grana não deve ir pro bolso dos jogadores, mas sim pro bolso de empresários, dirigentes, técnicos. O salário pago ao jogador deve ser fatiado entre esse caras depois. Assim a grana sai licitamente do cofre do clube e vai pro bolso de quem eles quiserem depois, fazendo só um pit stop na conta do jogador".

Deu pra entender?

Pra ele, os 400/500 mil reais de salário que achamos que pagam ao jogador, na verdade, teriam outro destinatário. A grana não ficaria inteira com o atleta.

Vou confessar pra vocês. Eu não tenho grande vivência nesse mundo do futebol, e acho que nem esse amigo tem. Mas essa tese dele é interessante, no mínimo.

Claro, de qualquer jeito o jogador ganha muito dinheiro, senão não teria como comprar um carrão, uma casa na praia, jóias, relógios, etc. Mas não seria taanto dinheiro assim.

E esse esquema explicaria também o motivo de tanta alegria e histórias de confusões com os "bichos" pagos aos jogadores.

Segundo a teoria desse cara, o "bicho" é um valor que ficaria inteiramente pro jogador, que ele não teria que dividir com empresários/técnicos que os escalam.

Por isso o bicho motivaria tanto os jogadores.

Pra quem não sabe, em jogos importantes, o valor não passa nem perto desses 100 mil reais que o Corinthians teria oferecido ao seu elenco pela chegada à final da Libertadores.

Geralmente fala-se em 2 ou 3 mil reais por jogo.

E mesmo assim ouvimos direto histórias de brigas ferrenhas entre jogadores/técnicos/diretoria por causa de bichos não pagos corretamente.

Mas 2 ou 3 mil reais não seriam muito pouco pra um jogador que ganha 300, 400 mil reais por mês brigar?

Pois é, seriam.

Mas e se, na verdade, ele não ganhasse tanto assim?

Fiquei com a pulga atrás da orelha...

Abraços!

domingo, 17 de junho de 2012

O piti do Nalbandian

Fala pessoal!

Pra quem não viu, o tenista argentino David Nalbandian foi desclassificado na final do torneio de Queen´s após dar uma bica numa placa que acertou a canela do juiz de linha, fazendo-o sangrar na hora.

Pois é, o cara perdeu a final por conta disso.

Na hora, a tocida parece que reprovou a desclassificação. Claro, eles queriam ver mais tênis.

Eu reprovo absurdamente esse tipo de comportamento por parte de qualquer atleta, porque pra mim essa é uma daquelas situações em que o cara colocou na cabeça dele que é "tudo bem" perder um ponto e dar um chute numa placa...

É meio que um comportamento de frustração que é tolerado durante anos, até chegar nesse ponto (como é quebrar uma raquete, isolar uma bolinha, etc).

Não é "tudo bem". É um comportamento a ser combatido, porque nada tem a ver com a prática esportiva.

Vejam, o problema é que desde os 12 anos, o garoto que joga torneios de federação, assistindo os mais velhos jogarem, começam a gritar em quadra, bater a raquete no chão, e coisas afins. E ninguém faz nada.

Claro, quando chega aos 30 anos, esse garoto, que pode ser um profissional, como o Nalbandian, vai achar que é normal esse comportamento que teve por muitos anos.

Bom, voltando ao caso do Nalbandian.

Depois de ter a certeza da justiça da desclassificação do argentino, fiquei tendo minhas dúvidas...

Será que ele deveria ter sido eliminado mesmo?

Fiquei um pouco com a pulga atrás da orelha pensando nos torcedores. Poxa, eles pagaram ingresso (provavelmente caro) e receberam um produto "pela metade".

Em nenhum momento eu acho que a punição deve ser esquecida, ou que o episódio passe em branco... mas será que não seria melhor algum outro tipo de sanção, a fim de não prejudicar o próprio espetáculo, o esporte e o futuro dos eventos esportivos?

Não sei, ACHO que talvez fosse melhor aplicar um gancho de alguns meses, uma multa pesada (tipo a perda de toda a premiação naquele torneio mais alguma coisa). Assim aqueles que foram assistir o jogo não se frustariam, e o argentino receberia uma lição, ao mesmo tempo.

Mas juro que não cheguei em uma conclusão pessoal ainda.

Abraços!

sábado, 16 de junho de 2012

Marta no Caldeirão

Fala pessoal,

Acabei de ver o quadro com a Marta do programa do Luciano Huck.

Cara, incrível como a cada vez que eu vejo essa Mulher na TV acho ela o maior exemplo que um atleta pode dar ao seu ao seu esporte, ao seu país e ao seu povo.

Além de ser indiscutivelmente o símbolo e ídolo de qualquer jogadora de futebol, ela é um caso perfeito do que o esforço, dedicação e humildade podem fazer com uma pessoa. Claro, o toque genético ("dom" para alguns) também ajudou.

Fico literalmente emocionado de ver como a simplicidade desse monstro do futebol impede que ela veja o tamanho de sua figura pública.

Para quem não viu, o Luciano Huck fez um quadro em que acabou levando uma menina (Duda) que quer ser jogadora profissional ao clube da Marta, sendo ela sua "hostess".

No encontro das duas, tanto a Duda quando a Marta se emocionaram. Sério, vocês conseguem imaginar um Pelé, Roger Federer ou Kellyt Slater chorando ao encontrar um fã?

Isso mostra não apenas a pessoa que a Marta é (não estou dizendo que os outros não são boas pessoas), mas também o respeito que ela tem pelos fãs e por sua própria história de luta e vitória.

Infelizmente, a imprensa em geral não dá o crédito que essa Mulher merece.

Marta, você é f**. Muito f**.

Abraços.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Caso Valdívia

Fala pessoal,

Resolvi escrever esse post pra falar de uma coisa que jornalista nenhum se toca quando fala de contrato de jogador.

Rolou essa história de que o Valdívia queria sair do Palmeiras após seu sequestro.

Vários jornalistas disseram "uai, se ele quiser sair, é só pagar a multa e sair", afinal ele está preso ao contrato com o Palmeiras.

A análise jurídica não é de todo incorreta, porque, de fato, ele tem um contrato com prazo determinado e deve cumpri-lo até o final. Se quiser sair, paga a multa.

Porém, o que todo mundo esquece é que no caso de um jogador de futebol, diferentemente de um funcionário qualquer com contrato por prazo determinado, existem estratégias que o jogador pode usar para ganhar força na sua negociação.

Vejam, eu NÃO estou dizendo que o Valdivia fez, está fazendo ou fará isso. O que eu estou dizendo é que essas estratégias existem, e são motivo de temor pelos clubes em negociações deste tipo.

Explico uma das "estratégias", para depois relacioná-la ao caso.

A mais básica é o famoso "corpo mole".

Num contrato por prazo determinado com um funcionário de uma empresa, caso ele não esteja indo trabalhar, ou não cumpra certas determinações do empregador, ele pode ser demitido por justa causa, e aí a empresa não tem que pagar multa nenhuma.

No caso de um jogador de futebol com contrato por prazo determinado, no entanto, a coisa se complica um pouco, porque o empregador não tem como dizer que o funcionário (jogador) não está cumprindo suas ordens para demiti-lo por justa causa e não pagar a multa!

Claro, se o jogador faltar em treinos, xingar todo mundo ou agredir alguém, o Palmeiras pode demiti-lo.

Mas e se o jogador comparece nos treinos, mantem-se "na linha", mas joga mal de propósito em treinos/jogos? Como você vai dizer que ele não está cumprindo o contrato? Como você vai dizer a um juiz que há uma justa causa para ele ser demitido?

Pois aí que está, não há justa causa por um jogador jogar mal!

E como isso influencia em casos como o do Valdívia?

Vamos dizer que o Palmeiras force a mão e exija que o Valdivia fique se não pagar a multa. Isso, num primeiro olhar, é o correto a se fazer, pois o clube perderia dinheiro deixando o jogar ir embora de graça.

Porém, vamos supor que o Valdívia falasse: "Ok, eu vou ficar. Treinarei, obedecerei. Mas vou ser um cone em campo".

A partir daí, o Palmeiras teria sim um jogador. Mas teria apenas o prejuízo de pagar-lhe os salários, porque ele não serviria de nada ao clube.

Sendo um salário alto, o Palmeiras, no fim, teria um prejuízo, e não um lucro ao manter o Valdívia até o final de seu contrato, porque jamais poderia extinguir seu contrato sem provar que ele está fazendo corpo mole de propósito, o que é literalmente impossível numa ação na justiça, desde que o atleta fosse em todos os treinos, etc (seria a chamada "prova diabólica").

Notem como a questão foge do aspecto jurídico, tendo uma cargam muito mais negocial.

De um lado, o clube garantiria que não libera o jogador antes do final do contrato, correndo o risco de ele virar um cone propositalmente.

De outro lado, o jogador garantiria que virará um cone caso não seja liberado, correndo o risco de fazer ruir sua carreira se assim o fizer de verdade.

Abraço

OBS: Mais uma vez: não estou dizendo que o Valdivia fez, está fazendo ou fará isso. Apenas estou usando o caso como exemplo, até porque este sempre foi (e acho que sempre será) um atleta exemplar no aspecto do profissionalismo, na minha opinião.

Sharapova

Fala pessoal,

Como não escrevi nada sobre o final do torneio em Paris, faço um breve post sobre uma coisa que me deixou um pouco indignado.

Um dia após a vitória da Sharapova, vi alguns jornais falando que a russa, com a sua vitória, colocava seu nome na história do tênis, implicitamente deixando no ar que seu nome não estava na história antes de "fechar" o Grand Slam.

Li e reli algumas vezes um desses jornais, pra não ser injusto, mas posso garantir que era esse o espírito da reportagem.

Sério, quem acha que ela só entrou para a história com esse título tá viajando.

Eu não estou querendo dizer que ela é uma das maiores jogadoras da história, muito longe disso.

Mas pera lá! A mulher já tinha ganhado outroSSS torneios de Grand Slam!!

Na minha humilde opinião, qualquer tenista que ganha um "mísero" Grand Slam já fez história, ou não? Até parece que é fácil.

Vai você falar pra qualquer tenista por aí que é fácil, vai...

Abraço

Sobre as punições na Euro

Fala pessoal,

Com certeza muita gente anda acompanhando a Eurocopa.

Times sensacionais, partidas incríveis e torcida... bom, torcida nem tanto...

Além das brigas absurdas, que nada tem a ver com esporte, vimos nessa Euro alguns casos de racismo, o que é muito triste num ambiente esportivo.

Para qualquer um que já teve a oportunidade de estar pessoalmente num evento esportivo bem organizado (obs: eu, pessoalmente não considero o Campeonato Brasileiro organizado), em que tudo o que é feito tem o público como foco, sabe que esses acontecimento quebram o tesão de estar ali.

Não obstante, queria colocar um posição pessoal um pouco diferente do que a imprensa vem dizendo sobre a exemplar punição dos envolvidos.

Neste momento, estão alardeando por aí que todos os envolvidos já foram julgados e condenados pelos seus atos, sendo, inclusive banidos dos estádios (não sei por quanto tempo). Usam deste argumento para dizer "viram como o modelo brasileiro é um lixo? Aqui a justiça não pune ninguém".

Vejam, não vou dizer que os responsáveis não tem que ser punidos. Longe disso. Mas, numa boa, que tá falando isso está deixando de ver muita coisa...

Primeiramente, minha opinião pessoal é que somente a criminalização dos responsáveis não vai resolver problema nenhum. Vejam, eu disse "somente".

Claro, se o cara arrumar confusão ele tem que ser punido, e o afastamento dos estádios é uma medida bem plausível (apesar de eu não achar a melhor, ela é muito adequada, de fato).

Creio que antes de punir o cara, é preciso analisar o que levou o cara a sair na porrada perto/dentro do estádio, porque o cara acha ok brigar num evento festivo como é o evento esportivo, etc.

Tudo isso exigiria uma reflexão muito maior sobre a prevenção, o que, evidentemente, a polícia não tem tempo de fazer, portanto acaba resolvendo da forma que sabe: prendendo.

Vejo esses casos de torcida organizada e até mesmo de hooligans como um caso claro de subcultura delinquente, tipicamente vândala (pra quem tiver interesse no assunto eu posso recomendar um livro muito bom, chamado Delinquent Boys, de Albert Cohen), o que não deveria ter como solução o "mero" encarceramento.

A prevenção, no caso, seria um remédio muito mais eficiente para o problema. Pra quem pensa racionalmente: seria possível diminuir os gastos com polícia, com repressão, com segurança privada, etc.

Em segundo lugar, preciso perguntar: sou só eu que me assusto com a rapidez tão grande para o julgamento?

Eu sei que nessas horas dá uma puta raiva dos baderneiros, mas fico pensando como foi o julgamento...

Por fim, fico pensando se as pessoas que criticam a "Justiça" brasileira sabe como ela funciona atualmente nos casos de brigas de torcida, ou algo parecido.

Você sabe? Sabe mesmo?

Hoje, para quem não sabe, o Estatuto do Torcedor, junto com a Lei dos Juizados Especiais, traz uma série de medidas "não prisionais" (e prisionais, quando necessário, por exemplo a "reclusão") para estes casos.

Veja só.

Antes, era muito comum dizerem que o cara que se envolvia em uma briga no estádio pagava um "lanche" (cesta básica) pro Estado e ficava tranquilão.

Hoje não é mais assim. A coisa ficou bem mais pentelha pro baderneiro.

Entre as possíveis medidas, existe, por exemplo, uma previsão de que o torcedor responsável tenha que se afastar do local do evento esportivo por até 3 anos.

Mas uma outra medida que eu acho sensacional é aquela que impõe ao briguento a obrigação de ter que comparecer 2 horas antes dos jogos do seu time, e ficar até 2 horas depois do jogo em um local determinado pela Justiça. Não o fazendo, ele pode ser preso.

Isso faz a diferença. Porque isso pentelha o cara.

Imagina só, um corintiano/santista ter que chegar na quarta-feira que vem numa delegacia duas horas antes de semi-final da libertadores e só poder sair duas horas depois (02:00 da manhã, por exemplo).

Pior, imagina ter que fazer isso um tempão, toda quarta-feira e domingo!!!

Além de tudo isso, muita coisa é jogada nas costas da "Justiça", quando a parcela do problema está, na verdade, com os organizadores do evento e com a polícia.

Dou um exemplo.

Já existe tecnologia suficiente para identificar os brigões dentro e fora dos estádios, mas por algum motivo ainda não vemos nada aplicado nos estádios nacionais.

Resumindo, acho que o problema da violência nos estádios é muito mais profundo do que aquilo que é geralmente retratado na mídia, e muito disso se dá por desconhecimento daqueles envolvidos na questão, sejam jornalistas, dirigentes, e torcedores.

Não estou dizendo que eu sou um expert, longe disso, mas pelo menos eu consigo admitir que isso tudo aí vai muito além do que alcança minha vã filosofia.

Abraço!