segunda-feira, 30 de julho de 2012

Olimpíadas, de novo

Fala pessoal,

Sobre os resultados todo mundo já sabe: volei fácil, volei de praia com alguma dificuldade, futebol venceu, etc.

Quero comentar sobre uma coisa que reparei em alguns atletas. Parece que eles ficaram mais verdadeiros, e que aprenderam a assumir a condição de possível vencedor.

No primeiro caso, vejo os irmãos Diego e Daniele, da ginástica. Os dois caíram em suas apresentações, e, ao invés de darem desculpas, simplesmente assumiram que erraram. Perfeito. Não precisa ficar jogando a culpa na organização, na arbitragem, na pressão da imprensa. Poxa, todos ali competindo passam por isso, e nem todos erram!

Diego disse que "amarelou", e Daniele disse que teve seu momento e errou (na verdade ela começou com um discurso que eu não gosto muito, falando que ficou "abalada" por causa do erro do irmão no dia anterior - mas eu aposto que se ela ganhasse medalha ia falar que aquilo tinha lhe fortalecido).

Quem assumiu a condição de "vencedor" foi a Maurren. Numa pergunta sobre suas últimas aparições ela mandou como resposta "eu sou uma campeã olímpica, e eu não me preparo para qualquer campeonato". Adorei essa resposta. Ao invés de ficar fugindo da raia ela mandou ver, e implicitamente disse "olha, eu sou a campeã dessa bagaça aqui, e são os outros que tem que me temer".

Geralmente os brasileiros tem medo de assumir essa condição de favorito, em atenção a uma pretensa "humildade". Ora, se é favorito tem que treinar como favorito, dar entrevista como favorito e competir como favorito. Não tem erro nenhum nisso... imagina o Phelps, Federer ou Bolt negando favoritismo pra tentar ser humilde...

Eu acho que todo mundo tem que se colocar onde está.

Exemplo:

Nosso time masculino de volei já ganhou tudo que alguém pode imaginar. Acontece que ultimamente não ganhou muito. Aí já dizem que a medalha de ouro seria inesperada... fala sério! Respeita os caras!

Acho curioso que quando são os outros times na mesma situação em que está o volei masculino o papo é outro. Exemplos não faltam: "o time de futebol argentino está mal, mas Argentina é Argentina, então sempre é um adversário a temer", "Phelps está lento, mas ele é mito, tem que respeitar".

Tá na hora de dizer: O Brasil não vem bem, mas tenham medo, porque esse time pode tudo!

Abraços!

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